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09
Jun14

Adeus ESHTE

por Joana Pires

Andei em negação durante imenso tempo. Sabia que queria desabafar "o que me vai na alma", mas simplesmente não tinha força de vontade suficiente para fazê-lo...

Três anos da minha vida como "Eshtudante" chegaram assim a um fim (bem, pelo menos assim espero, creio que não vou chumbar a nada). Foram três anos de "vida de inferno e vil", mas ao mesmo tempo muito satisfatória. Há 3 anos atrás, por esta altura, tinha eu acabado o secundário e não sabia bem o que queria. Decidi ir para a área do Turismo, sempre lhe tinha achado piada e no estado em que se encontrava/encontra o nosso país, pareceu-me a melhor opção. Acabei por ir para ao Estoril, uma terra tão distante e desconhecida que acabaria por me roubar 4 horas por dia em viagens de comboio (acho que se for contar todas essas horas, estava aí um ano da minha vida). Hoje, três anos depois, estou praticamente licenciada, uma licenciatura que me roubou horas de sono, que me deu dores de costas, de pés, de pernas, de cabeça (bem, de corpo todo), que me levou ao fundo do poço, mas também me puxou de volta para cima, deu-me amigos, bons momentos, boas recordações. 

Neste momento sinto que tenho de arranjar uma caixa para as guardar bem guardadas aquelas memórias físicas de três anos: as pulseiras dos Concursos de Tunas Mistas do Estoril, o desenho e a flor (seca neste momento) que o Jorge me deu, as imensas bolas de ténis que apanhava aos sábados de manhã junto ao campo de ténis, a rolha da garrafa de Porto (nunca esquecer os nossos "Old Friends"), a lata de Coca-Cola "A tua avó", o anel que a minha afilhada me deu... 

É um sentimento agridoce sair de lá, bipolar quase. Tenho picos de felicidade e picos de nostalgia que me trazem lágrimas aos olhos. Custou muito, mas descobri na ESHTE uma casa, onde os meus amigos se tornaram mais do que amigos: Tornaram-se uma família. Uma família que aprecio tanto como a de sangue. Afinal de contas, fomos irmãos de guerra no meio de todo aquele stress, noites mal dormidas, discussões, bebedeiras, conversas parvas e risos de desespero no meio dos testes. 

Gostava de agradecer às pessoas que passaram na minha vida durante estes três anos, todas elas marcaram a minha vida, por mais insignificante que tenha sido a marca, quase de certeza que valeu a pena, pois mesmo aqueles de quem não gosto, fizeram-me aprender que vai haver muita gente a querer pisar os meus calos (que os sapatos do traje me tiveram o prazer de dar), mas, como muita vez disse ao longo destes três anos, I will survive.

 

E meus caros colegas finalistas que se sentem que vos tiraram o chão debaixo dos pés, isto é apenas o princípio do sucesso que nos aguarda.

E aos meus caros colegas que ainda lá ficaram, vivam cada momento que a vida vos tem para oferecer e, citando o meu caro colega Gabriel: "Façam o favor de serem felizes"

 

Até á próxima ESHTE, qualquer dia vou aí buscar o meu certificado.

 

Nunca a Balada do Estudante fez tanto sentido...

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publicado às 19:44

18
Mai14

And now what...?

por Joana Pires

Não sei como hei de me sentir... Sinto a alma vazia quando estou longe de ti. É como se todo o meu espírito me abandonasse para poder continuar contigo... Sinto-me apática, sem vida.

Quando estou contigo é como se o mundo parasse. Sinto-me a viajar num mundo desconhecido, uma viagem quase psicadélica, onde tudo é cheio de cores, cheiros, sensações e emoções...

Procuro respostas a este sentimento, mas não as encontro. No fundo do meu ser adoro-te e odeio-te ao mesmo tempo. Provocas em mim sentimentos tão opostos, tão perfeitos e tão destructíveis. Cansas-me, deixas-me frustrada, mas não sei viver sem ti. Julgo-me um pouco masoquista. Fazes-me desmoronar aos poucos e pegas nos destroços para me reconstruíres...

Agora não sei o que fazer, não sei mais o que dizer, não sei como hei de me sentir. Entrei neste mar de incertezas e por agora, deixa-me lá estar...

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publicado às 11:02

06
Mai14

Ok... há algum tempo que não descobria algo que considerasse genial no Youtube... também a procura não tem sido muita. Hoje deparei-me com o seguinte vídeo num daqueles sites humorísticos e devo dizer que, quem teve a ideia de fazer isto é um génio:

 

Se me dissessem: "Vou juntar o Chop Suey! dos System of a Down com o Crocodile Rock do Elton John" eu chamaria essa pessoa de louco, pois são duas músicas que na minha santa sanidade mental nunca iriam combinar... Mas lá está enganei-me. Apreciem esta obra de arte, está sem dúvida alguma brutal!

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publicado às 11:50

27
Abr14

Vivemos numa época em que todas as pessoas têm uma máquina fotográfica, nem que seja uma daquelas rascas do telemóvel da geração anterior. Criou-se uma geração que tem de tirar fotos a tudo: às refeições, ao copo do "starbucks", às pernas, aos pés, às mãos... são "selfies" para aqui e "selfies" para ali...

Não me tomem por uma "hater". Eu de vez em quando lá tiro uma "selfie" com uma amiga ou outra na brincadeira, mas não faço disso a minha vida... acho isso ridiculamente fútil, esta necessidade de mostrar constantemente o que estamos a fazer, com quem estamos, como somos. E o mistério? Fica aonde?...

Mas o que não hei de entender mesmo nunca são aquelas pessoas que pagam (e às vezes bastante) para irem ver um concerto ao vivo e depois passam o concerto todo de braços no ar a gravar o concerto no telemóvel ou tecnologia do género. Os que fazem argumentarão que assim têm uma recordação para mais tarde ver... mas terão eles apreciado verdadeiramente o concerto? Para mim os concertos são para ser vividos, sentidos, apreciados, tudo ali no momento. É naquele momento que aquele primeiro acorde nos vai arrepiar, que aquela música nos vai trazer lágrimas aos olhos ou nos vai dar vontade de saltar que nem uns loucos...

Mas, lá está, cada um com os seus gostos. Agora nunca, mas nunca se atrevam a pôr-se à minha frente com um objecto a tapar a minha visão de um concerto!

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publicado às 00:37

25
Abr14

I did it my way...

por Joana Pires

O meu "neto académico" João já me escreveu uma fita e, em jeito típico dele, "dedicou-me" esta música, dizendo que é boa para o momento...

 

3 anos passaram depressa. E mesmo conhecendo-me há pouco tempo, ele acertou no "bull's eye" e conseguiu resumir o meu percurso académico com uma música... Nem acredito que já está a acabar-se...
I've loved, I've laughed, and cried,
I've had my fail, my share of losing.
And now, as tears subside,
I find it all so amusing.

To think I did all that,
And may I say, not in a shy way.
Oh no, oh no, not me
I did it my way.

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publicado às 23:23

22
Abr14

Dúvidas Existênciais #1

por Joana Pires

Ultimamente tenho sido invadida por umas questões na minha cabeça, que acabam muitas vezes por não saírem do estatuto de retóricas. E pensei: "Porque não metê-las no blog? Quem sabe talvez alguém me responda..." E foi assim que nasceu a rubrica "Dúvidas Existenciais"

 

Eis a primeira:

 

Como é que os navegadores se orientavam pelas estrelas?

Supostamente o céu está numa constante rotação, logo as estrelas nunca estarão na mesma posição. O certo é que nunca percebi muito de astronomia e, quando dei conta estava eu em pleno Museu de Marinha a tentar decifrar como é que isto funciona... alguma alma caridosa me sabe explicar isto (de preferência como se fosse muito burra, para ver se entendo bem)?

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publicado às 23:05

17
Abr14

Procurei erradamente a felicidade. Buscava sem cessar este sentimento, queria senti-lo 24 horas por dia, 7 dias por semana. Perguntava àqueles que me rodeavam se eram felizes, queria verdadeiramente ser feliz, até que ouvi aquela frase "Uma pessoa não é feliz, há sim momentos de felicidade".

Junto ao calor restante da lareira reflecti sobre isto... seria isto verdade? Estaria eu a procurar a felicidade de modo errado? 

Na realidade, talvez nunca a tivesse procurado erradamente. Sempre disse para mim que a felicidade estava nas coisas pequenas: um abraço aconchegante, um brinde aos amigos, aquela comida que tanto nos apetece, um sorriso da pessoa amada... coisas pequenas que, todas juntas se tornam em algo grande, indestrutível, verdadeiro e sensacional!

Mas tudo isto não importa se não puder ser partilhado, pois de que serve ser feliz, mesmo que seja momentaneamente, se não temos ninguém com quem partilhar?

De nada, não serve absolutamente de nada...

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publicado às 22:20

31
Mar14

...

por Joana Pires

Era uma daquelas noites escuras. Ao longe, apenas se ouvia os ecos de uma cidade adormecida. A minha capa esvoaçava ao sabor do vento enquanto caminhava pelo paredão. Conhecia o como a palma da minha mão. Tantas foram as vezes que por ali tinha passado, tantas eram as memórias que eu ali tinha criado. Naquela noite não era excepção. No escuro procurava um sinal de ti, a tua voz, o teu olhar, o teu toque…

Comecei a ouvir uns paços atrás de mim. “É apenas mais um corredor nocturno” pensei. “Não devias andar assim sozinha no escuro, ainda te roubam de mim”. Eras tu. Sempre tinhas tido o talento de me fazer arrepiar com os teus sussurros, tinhas sempre uma frase na ponta da língua pronta a dizer ou uma resposta que me deixava calada.

Abracei-te. O teu abraço sempre foi aquele que mais gostei. Quente, firme, acolhedor, reconfortante… os adjectivos são tantos. Sinto-me pequena no teu abraço, protegida e por vezes prestes a sufocar.

Percorri contigo o resto do paredão. Apesar na noite estar fria, o vinho aquecia-nos o sangue. Finalmente chegara o dia em que nós partilhámos aquela garrafa de Porto que eu comprara a pensar em ti. “Preferia que fosse um tawny ou um ruby, mas pronto, trouxeste um branco como tu”. Tu e o teu talento de brincar comigo, de gozar comigo. Às vezes questionava-me porque gostava tanto de ti, ainda questiono. Há perguntas que não têm resposta. Essa era uma delas…

Foi um sentimento cruel deixar-te naquela noite. Queria que durasse mais uns minutos, umas horas, ou talvez eternamente. Tinha descoberto a felicidade e queria mantê-la bem perto de mim… Não mantive naquela noite, mas mantenho agora, constantemente.

 

[FICÇÃO]

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publicado às 13:14

11
Fev14

Pois é, estamos em Fevereiro... aquele fatídico mês em que é celebrado o dia de S. Valentim, também conhecido como o dia dos Namorados. Nós, encalhados, ou melhor dizendo solteiros, levamos desde o inicio de Fevereiro com anúncios lamechas, pessoas a sugerirem-nos coisas para a cara-metade que não temos e apercebemo-nos que se iremos passar mais um 14 de Fevereiro sozinhos... é quase um dia deprimente para nós que caminhamos nesta vida sozinhos... 

Lamechices à parte, nunca gostei deste feriado. Acho toda esta ideia de neste dia sermos quase obrigados a oferecer um presente ao nosso(a) companheiro(a) como forma de demonstrar o nosso amor. Mas afinal de contas não é suposto o amor ser algo que devemos demonstrar todos os dias e não apenas neste dia só porque "fica bem"? Para mim é demasiado forçado e nada natural. Num possível futuro em que for comprometida recusar-me-ei a celebrá-lo. É apenas um gasto de dinheiro a meu ver... Opinião pouco popular? Talvez, mas como já dizia o meu caro professor de filosofia do secundário: "As opiniões são como os rabos, cada um tem a sua".

 

E já agora, algum de vocês sabe o porquê deste dia ser dedicado ao S. Valentim? Se não informem-se. Não vos vou contar só para vos incentivar à pesquisa. Afinal de contas é sempre engraçado aprender coisas novas.

E aos felizes enamorados: Acabem de ler isto e vão mas é expressar o amor que sentem pelos vossos amados agora. É mais bonito que no dia 14.

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publicado às 23:04

09
Fev14

Se há uma coisa neste mundo que eu amo é chocolate. Negro, branco, de leite, com avelãs, com laranja... a lista continua. Quando descobri que ia haver um evento chamado "Chocolate em Lisboa" no Campo Pequeno, uma parte de mim morreu de felicidade. 

Na Sexta-Feira dia 7, lá fui eu a caminho do meu paraíso. Mal entrei deparei-me com uma banca que vendia chás de chocolate! As senhoras muito simpáticas deram-me a cheirar alguns chás (chocolate com avelã, chocolate com caramelo, entre outros) e quando dei por mim lá estava eu com um pacote de chá de chocolate com ginjinha na mão e na outra um copinho com uma amostra deste chá. Comecei bem, juntaram 2 amores meus em um - Chá e chocolate. 

Depois de algumas voltinhas, tive a oportunidade de ver o criador do conhecido "Melhor Bolo de Chocolate do Mundo" (cujo café é em Campo de Ourique e eu recomendo!) a fazer uma belíssima sobremesa de chocolate (como só podia ser), chamada Doce de Garoto (quem quiser a receita peça-me). Depois deste cozinheiro, pude ver o chefe Fabie do hotel Ritz Four Seasons a empratar duas sobremesas - a que será servida no dia dos namorados no restaurante do hotel e uma outra à base de geleia de café, creme de chocolate, uma rodela de chocolate, uma espécie de ganhache de chocolate, gelado e mais chocolate. Fica a dica: ainda não tenho nada combinado para o dia dos namorados, por isso quem me quiser oferecer um jantar no Ritz está à vontade!

Antes de me ir embora decidi ceder à tentação para comprar um chocolate quente que vinha numa enorme caneca de oferta. 

Devo dizer, depois de tanto chocolate senti que ia ter uma overdose de chocolate. Não sei se é possível, mas consumi uma dose de chocolate suficiente para o resto do dia. 

Hoje recordo aquela maravilhosa tarde cheia de chocolate e vou beber o meu chá na minha caneca da vaca. Deixo-vos com umas quantas fotos.

 

 

 

 

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publicado às 18:34


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